Aorta é a maior e mais importante artéria do corpo humano. Por ser uma artéria elástica, que se expande e contrai, bombeia sangue oxigenado para o corpo inteiro. Elasticidade e força vital; assim é o amor de Rani Ghazzaoui.
Aorta é uma antologia de poemas escritos num espaço de quatorze anos, entre 2007 e 2021, o mesmo período que a paulistana vive fora do Brasil. Um livro de autoficção, ele é organizado em três atos, precedidos por três crônicas, que passeiam livremente por egocentrismos, alegrias, idiossincrasias, dores, vícios, desejos e traumas, ou seja, o amor em todo o seu devaneio.
Com sua escrita poética, seja em prosa ou verso, este livro fala do que de mais íntimo se pode observar em si e no outro. Conta histórias reais e fictícias; flerta com a dor e brinca com o prazer. Sobretudo, este é um compilado de palavras que contam sobre o amor vasculhando o que há de mais único e sensível na vida humana: a dualidade entre o amor e a dor, o afeto e a angústia, a pulsão de vida e a pulsão de morte.
Aorta é um livro de dicotomias; é brutalmente humano, e delicadamente visceral.